terça-feira, 30 de novembro de 2010

Soluções Empreendedoras na Engenharia Civil

Sua casa mais resistente e ao mesmo tempo ecológica, pois é feita da reutilização de materiais

Problema: O metacaulim que sobra na produção de papel e de cerâmica pode ser totalmente aproveitado.
Solução: Produção de cimento e blocos de concreto com metacaulim.

Um dos materiais mais utilizados para a construção de uma casa é o concreto, que, por sua vez, é confeccionado a partir do cimento. Que tal diminuir os custos da obra e, ainda por cima, dar destino a substâncias prejudiciais ao meio ambiente? É o que propõem os pesquisadores do Grupo de Análise Experimental de Estruturas e Materiais (Gaema) da UFPA.
Empresas de cerâmica produzem tijolos, blocos, telhas e porcelanas e se distribuem por todo o país, consumindo, mensalmente, 10,5 milhões de toneladas de argila retiradas do meio ambiente. No Estado do Pará, existem diversas regiões ricas em argila as quais têm, no setor oleiro, um importante segmento econômico devido à sua participação na geração de empregos, na indústria de transformação e, também, ao seu papel complementar na construção civil. No entanto, a extração de argila para a fabricação de materiais cerâmicos, embora não seja considerada uma atividade poluidora, degrada o meio ambiente e está relacionada com o assoreamento dos rios.
Os processos de fabricação de cerâmicas e de papel têm como resíduo um material de pigmento esbranquiçado, conhecido como metacaulim. "Meta é o último estágio da cadeia produtiva, ou seja, quando já passamos por todo o processo de produção e não é possível fazer mais nada com o material que restou. A única 'solução' é estocá-lo", explica Dênio Ramam, pesquisador da Faculdade de Engenharia Civil e um dos coordenadores do Gaema.
Pesquisas comprovaram que é possível substituir até 30% do peso do cimento por metacaulim, com considerável aumento da resistência em relação ao material tradicional. Isso significa que, em cada saco de 50kg de cimento, podemos utilizar 15kg de metacaulim. “Atualmente, estamos testando outros percentuais para incentivar, ainda mais, a utilização desse material na construção civil. Nosso objetivo é substituir a microsílica, rejeito da produção de ferro e silício metálico das indústrias do Sudeste do Brasil, como adição para concretos e argamassas. Ou seja, substituir o lixo das indústrias do Sudeste pelo lixo da produção mineral amazônica nos produtos para a construção utilizados na Região Norte, o que representaria uma redução de preço já que o nosso metacaulim é mais barato que a microsílica", revela o pesquisador.

Tijolos feitos de plásticos reciclados

Devido à crescente preocupação das empresas com o uso que fazem do meio ambiente e os custos que isso implica para seus negócios, a busca por soluções ecológicas para diversos ramos de atividade ganham ênfase e rápida aceitação. Recentemente, duas pesquisas saíram na frente trazendo soluções para os excessos de consumo do mundo moderno: uma focando os gastos excessivos na construção civil e seus prejuízos ao meio ambiente; e outra de olho no alto consumo de energia de edifícios empresariais.
No caso da construção civil, a pesquisa partiu da empresa inglesa Ecomat Research, que apresentou na Semana de Design de Milão deste ano tijolos que são feitos de plástico reciclado. A alternativa criada parece uma peça de Lego gigante, com 33 centímetros de comprimento e 25 centímetros de altura, podendo ser uma eficiente alternativa para substituir os tijolos tradicionais, dispensando a necessidade de vigas de metal e cimento, além de também funcionarem como isolante térmico, acústico e resistirem a terremotos.

Com este tipo de tijolo é possível construir um imóvel rapidamente, pois se trata de uma construção seca. Os tijolos ficam fortemente encaixados e isso reduz muito os custos e tempo de construção. Já entre os benefícios ambientais obtidos estão a facilidade de transporte e o fato de não precisar de tantos outros materiais pra complementar a construção, o que diminui a emissão de carbono.
Além da aparência de Lego, a maneira simples de utilizar o tijolo também lembra muito o jogo de montar infantil.
Empreendimentos como estes encontram grande potencial na redução de custos para os negócios. Estar atento a estas soluções ganha enorme importância para empreendedores que não só pensam em inovar, mas que se preocupam em otimizar cada etapa de seu negócio, e cortar gastos onde for possível.

Construção Sustentável

 

 

 

 

 

Técnicas e materiais adotados

  

O Centro Esportivo da IESGO pretende ser um exemplo de instalação eficiente. O principal objetivo é promover a economia de água e energia durante sua utilização. Para que isso se torne possível, diversas ações foram tomadas durante o projetocomo:

Fabricação de tijolo solo-cimento in loco, utilizando o solo retirado do buraco da piscina. Evita o transporte do solo para fora da obra e também evita o transporte do tijolo industrial até a obra.



Iluminação natural: Orientação da edificação em relação ao eixo polar da Terra, com o objetivo de obter uma fachada perpendicular a cada eixo. Assim foi possível utilizar telhas translúcidas nas fachadas Norte e Sul.


















Utilização de uma única fôrma metálica para a concretagem dos 12 pilares da cobertura do gintásio.


















Fabricação e montagem de estruturas metálicas.
Cobertura em telha termo-acústica, cor Branca (de fábrica), com alto índice de Refletância Solar.